quinta-feira, 23 de agosto de 2007



Venha conhecer nesse universo de brincadeira


quarta-feira, 15 de agosto de 2007


Poesia Concreta

A POESIA CONCRETA



Em 1956, a Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada na cidade de São Paulo, lançou oficialmente o mais controverso movimento de poesia vanguardista brasileira: o concretismo.

Criada por Décio Pignatari (1927), Haroldo de Campos (1929) e Augusto de Campos (1931), a poesia concreta era um ataque à produção poética da época, dominada pela geração de 1945, a quem os jovens paulistas acusavam de verbalismo, subjetivismo, falta de apuro e incapacidade de expressar a nova realidade gerada pela revolução industrial.

São Paulo vivia então o apogeu do desenvolvimentismo da Era J.K. e seus intelectuais buscavam uma poética ideológica/artística cosmopolita, como tinham feito os modernistas de 1922. Por isso, um dos modelos adotados pelos concretos foi Oswald de Andrade cuja lírica sintética (“poemas-pílula”) representava para eles o vanguardismo mais radical.

* Desde 1952, os jovens intelectuais paulistas vinham procurando um novo caminho através de uma revista chamada Noigandres, palavra tirada de um poema de Erza Pound e que não significa nada.

"Todo o poema é uma aventura planificada"

Em síntese, os criadores do concretismo propugnavam um experimentalismo poético (planificado e racionalizado) que obedecia aos seguintes princípios:

- Abolição do verso tradicional, sobretudo através da eliminação dos laços sintáticos (preposições, conjunções, pronomes, etc.), gerando uma poesia objetiva, concreta, feita quase tão somente de substantivos e verbos;

- Um linguagem necessariamente sintética, dinâmica, homóloga à sociedade industrial (“A importância do olho na comunicação mais rápida... os anúncios luminosos, as histórias em quadrinhos, a necessidade do movimento....”);

- Utilização de paronomásias, neologismos, estrangeirismos; separação de prefixos e sufixos; repetição de certos morfemas; valorização da palavra solta (som, forma visual, carga semântica) que se fragmenta e recompõe na página;

- O poema transforma-se em objeto visual, valendo-se do espaço gráfico como agente estrutural: uso dos espaços brancos, de recursos tipográficos, etc.; em função disso o poema deverá ser simultaneamente lido e visto.


http://educaterra.terra.com.br/literatura/litcont/2003

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Uma prova de que é possível BRINCAR com as palavras

Décio Pignatari

Cloaca

beba coca cola
babe cola
beba coca
babe cola caco
caco
cola
c l o a c a

http://www.revista.agulha.nom.br/dp01.html

UM POUCO DA HISTÓRIA DE IRAQUARA-BA

História de Iraquara começa ha mais de 12 mil anos quando, por este sitio passaram muitos povos pré-históricos, nômades das mais variadas regiões, hoje conhecidas como Goiás, Pernambuco, Além São Francisco, Minas Gerais e outras tantas.

Deixaram aqui a marca de suas presenças através de pinturas rupestres, fósseis e registros arqueológicos encontrados nas grutas e abrigos abundantes, originados pela formação calcária do subsolo.

Os colonizadores começaram a chegar à região na metade do século XIX, atraídos pelo diamante da região, formando garimpos que deram origem a muitos povoados, sendo que em Iraquara os principais são a antiga Parnaíba, hoje Iraporanga, a Vila do Riacho do Mel, Água de Rega, Canabrava e Estiva, hoje Afrânio Peixoto situada no município de Lençóis.

A exploração do ouro e do diamante fez surgir uma estrada que cortava a Chapada Diamantina no sentido norte/sul ligando Jacobina a Rio de Contas e passando pelos municípios de Iraquara e Seabra. Ela é conhecida como Estrada Real e está em via de ser tombada como patrimônio histórico. Estes caminhos eram utilizados pelos tropeiros que faziam o comércio da região e pelos "boiadeiros", que transportavam o gado pela estrada que recebeu o nome de Estrada Boiadeira.

O caminho por onde passa a Estrada Boiadeira tinha paradas tradicionais como a Vila de Cochó do Malheiro em Seabra, Riacho do Mel, Estiva, Campo de São João e Iraporanga, que possuem um agrupamento de casas de valor histórico relevante, dignos de tombamento.

A descoberta de diamantes nestas paragens fez desenvolver estes povoados que hoje conservam a ambiência colonial, os costumes e hábitos de uma gente hospitaleira e amiga.

Outro fator que definiu a ocupação do homem colonizador no município de Iraquara foi a fertilidade do seu solo vermelho, e a ocorrência de água nos vales e cavernas da região. A descoberta de um poço com água abundante no leito do Riacho Água de Rega, por um tropeiro chamado Manoel Félix fez surgir um povoado, que posteriormente tornou-se a cidade de Iraquara.

http://www.iraquara.ba.gov.br/tur_historia.asp

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Paraíso de Emoções ( Marlene Reis)

Ali nasci, ali cresci
Em meio às serras, às grutas, à Chapada
É com enorme prazer
Que lhes apresento
IRAQUARA
Minha infinita e inesquecível
Terra amada

Por esses caminhos por onde pisei
Lhes convido a pisar
Garanto que paisagens paradísiacas você vai encontrar
Se quiser ao passado histórico voltar
Em IRAPORANGA deve passar
Se quiser alimentar seu coração
Banhe com as águas de Conceição

Ah! que saudades IRAQUARA
IRAQUARA, terra querida
onde passei anos felizes da minha vida
IRAQUARA dos sonhos, dos amigos, da minha infância
IRAQUARA de muita emoção
Sempre vou te carregar no meu coração.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Pablo Neruda


A Dança


Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.



Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo directamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

http://www.pensador.info/frase/MzMxMDI/a_danca_nao_te_com_meu_sonho/

segunda-feira, 11 de junho de 2007



Pablo Neruda

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
http://www.astormentas.com/din/poema.asp?key=1658&titulo=%C9+assim+que+te+quero%2C+amor